24/10/2011

Os Chakras sua importância e a relação com os Orixás.

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Chakra é a palavra sânscrita que significa roda. São centros de irradiação, estruturas energéticas que vêm de fontes superiores. Os chakras são centros de força por onde os campos magnéticos dos corpos espirituais se ligam ao corpo físico.
Existem enúmeros chakras em nosso corpo. Porém sete são os principais e possuem basicamente três funções: manter a vitalidade do corpo físico, desenvolver a consciência, receber e transmitir energia espiritual.
Cada um dos chakras (centros de irradiação) possui ligações especiais com alguns órgãos do corpo e com alguns estados de consciência. Estes centros de energia cuidam do equilíbrio do corpo físico, intelectual, emocional, mental e espiritual do homem.
Sendo assim cada chakra é regido por uma vibração e estão envolvidos na captação das energias superiores. Na umbanda essas energias superiores significam a vibração dos Orixás. Como demonstra a figura a seguir:


Chakra Coronário --> Localiza-se no topo da cabeça --> Regido por Oxalá --> Cor Branca. É o nosso laço com as forças superiores, o nosso canal divino que sempre busca a paz. Quando em equilíbrio proporciona a consciência cósmica, sabedoria e inspiração. Quando em desequilíbrio proporciona a desmotivação, depressão, desânimo e o bloqueio.

Chakra Frontal --> Localiza-se entre os olhos e está ligado a glândula hipófise --> Regido por Iemanjá; Oxum; Iansã e Nanã --> Cor Amarelo. Tem como função a concentração, memorização, percepção, intuição, para os projetores astrais este chakra é de suma importância pois, permite melhor discernimento e maior facilidade para tarefas como clarividência e mediunidade, também tem forte conexão com nossa consciência. Quando em equilíbrio da todos os sentidos anteriores. Quando em desequilíbrio dá dores de cabeça, falta de concentração e problemas de visão e audição.

Chackra Lagíngeo --> Localiza-se na garganta e está ligado a glândula tireóide --> Regido por Yori ou Ibeji --> Cor Vermelho. É considerado um filtro que bloqueia as energias emocionais. Quando em equilíbrio dá eloquência, comunicação e boa expressão. Quando em desequilibrio proporciona a falta de comunicação, problemas em torno da voz, gagueira, isolamento, vertigens, fadiga, asma, doenças metabólicas, obesidade, repressão e dificuldade de representar suas idéias. Podendo causar incertezas, indecisões, dúvidas e desânimo, afetando a auto-expressão e a prosperidade.

Chakra Cardíaco --> Localiza-se no coração e está ligado à glândula timo. --> Regido por Xangô --> Cor Verde. É  considerado um canal de movimentação das emoções. Quando em equilíbrio fornece capacidade de perdoar, vontade de estar em grupo ou com amigos, tolerância, espírito de equipe, compaixão, paz. Quando em desequilíbrio causa problemas de relacionamento com o mundo exterior, sensação de falta de intercâmbio amoroso e um angustiante vazio dentro do peito. Os sintomas comuns são: raiva, irritação, ódio, problemas cardíacos, depressão, dores no peito e angústia.

Chakra Umbilical --> Localiza-se no Plexo solar --> Regido por Ogum --> Cor Laranja. É responsável pela irrigação do sistema digestivo. Quando é bem desenvolvido, facilita a percepção de energias.Quando em equilíbrio proporciona força de vontade, determinação, poder. Quando em desequilíbrio provoca timidez, egoísmo, narcisismo, egocentrismo vários tipos de medos, que geram propensão para a raiva e violência, dificuldade de expressar a autoconfiança e criatividade, incapacidade de se colocar em sintonia com as pessoas, locais e carência de auto-estima. Os sintomas mais comuns são: enjoôs estômacais, falta de vontade, arrogância, irritação, medo, ódio e distúrbios alimentares. 

Chakra Esplênico --> Localiza-se na região do Baço e Pâncreas --> Regido por Oxossi --> Cor Verde. É Responsável pela vitalidade dos nervos. Quando em equilíbrio produz energia sexual para as mulheres, está diretamente relacionado com a mediunidade, e quando em desequilíbrio proporciona problemas sexuais, problemas no sistema urinário, no útero, e problemas de coluna. Os bloqueios desse Chakra são geralmente causados por problemas emocionais, dificuldade em dar e receber e intensidade de prazer ou dor, manifestando histeria e vícios; excesso de preocupação com o futuro, com o bem-estar dos outros e com a preservação. Medos e ressentimentos sobre o sexo, causando experiências sexuais traumáticas ou dificuldades no parto. Os sintomas mais comuns são possessividade e ciúmes em exagero.

Chakra Básico (Raiz) --> Localiza-se na Base da Coluna e está ligado as glândulas supra renais --> Regido por Yorimá --> Cor violeta. É responsável pelo estímulo direto da energia e circulação do sangue. Nos liga a energia da Terra. Em equilíbrio proporciona o bem-estar físico, ligação com a terra e vitalidade, nos homens equilibra a sexualidade. Em desarmonia provoca raiva irritação, pânico, desânimo, impotência sexual, constipação e medo de viver. Também podem causar problemas de coluna, hemorróidas, instabilidade social e emocional, uso incorreto da vontade, o sentir-se impotente diante das situações, insegurança, desespero, medo e falta de praticidade. Além de preocupações excessivas com as coisas da matéria, ganância, descontrole dos aspectos instintivos e sexuais. Seu desequilíbrio pode manifestar-se por impotência sexual e frigidez.

----> Portanto é importante que todos procurem um ambiente para se restabelecer, seja numa missa na igreja, em um culto num templo, tomando passes numa casa espírita; universalista e de umbanda. Numa meditação e até mesmo durante uma oração feita com fé. Os passes transmitidos pelas entidades nada mais são do que a energização dos chakras promovendo assim o seu equilíbrio harmônico; além disso, são retirados miasmas; formas pensamentos; energias negativas acumuladas no dia a dia. Por isso é importante que todas as pessoas procurem tomar passes com frequência. 

;)))

 

21/10/2011

Você duvida de sua mediunidade?

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Você duvida de sua mediunidade?

:: Osvaldo Shimoda ::

Por que vivo doente? Em todos os lugares que freqüento, as pessoas me dizem que preciso desenvolver a minha mediunidade;
Por que passo mal em ambientes de muita aglomeração, como shopping, cinema, shows?;
Por que desde criança sinto muita tristeza, choro do nada, sem um motivo que justifique?;
Por que o meu humor é instável, muda subitamente, como o tempo de São Paulo?;
Por que as minhas mãos e os pés estão sempre gelados, e sinto muito sono e fraqueza?;
Por que a minha vida está bloqueada, nada flui?

A maioria de meus pacientes com essas e outras queixas, na verdade, são médiuns ostensivos (aqueles que servem de intermediário entre os espíritos desencarnados e os encarnados).

Não obstante, devido ao desconhecimento, despreparo, preconceito e ignorância a respeito da natureza espiritual do ser humano, a nossa sociedade ocidental materialista e tecnicista ainda ignora ou desqualifica a mediunidade, não a vendo como um fenômeno natural, inerente ao ser humano. Se de um lado a ciência médica e psicológica busca tratar o paciente médium apenas com medicamentos por se basear num modelo fisicista, organicista, cerebrocêntrico, vendo-o como um fenômeno físico-químico, ignorando sua mediunidade, do outro lado, muitas religiões mistificam-na, atribuindo-a ao diabo ou a satanás.

Há ainda os charlatães, os oportunistas, os inescrupulosos, que se aproveitam da fragilidade, vulnerabilidade que se encontram os médiuns desajustados, em desequilíbrio, para explorá-los financeiramente. No meu entender, a saúde é fruto de um organismo em equilíbrio energético, enquanto a doença seria conseqüência do rompimento desse equilíbrio.

Por isso, concordo plenamente com o que disse sabiamente o Dr. Pierre Weil - grande expoente e divulgador da Psicologia Transpessoal no Brasil (a psicologia transpessoal é considerada a 4ª força dentro da psicologia, depois da psicanálise, behaviorismo e psicologia existencial) - sobre os médiuns: "Eu tenho a impressão de que os sensitivos e os médiuns são pessoas que têm uma verdadeira aptidão e vocação para curar os outros, e que o fato de captar doenças dos outros reequilibra o seu próprio sistema energético. Deixando de fazê-lo, desajustam-se do mesmo modo que um grande pianista ou pintor se desajustaria se deixasse de praticar a sua arte".

Não é à toa que muitos pacientes médiuns que vêm ao meu consultório, rotulados equivocadamente pela psiquiatria de "doentes mentais", "esquizofrênicos", "borderline", "psicóticos", "bipolar", "transtorno de pânico", "depressivos", etc., após passarem pela TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve, criada por mim, transformam-se em médiuns equilibrados, resgatando seu equilíbrio biológico, psicológico, social e espiritual.

Veja, a seguir, o caso de uma paciente que duvidava de sua mediunidade, sofria de depressão desde criança, e veio a descobrir nessa terapia, a TRE, que a causa de sua depressão advinha do fato de não estar doando energia como médium de incorporação.

Caso Clínico: Depressão
Mulher de 45 anos, viúva, dois filhos.


A paciente veio ao meu consultório dizendo que desde criança sentia uma tristeza profunda, doída, chorava muito, mas sem um motivo que justificasse.
Os psiquiatras a diagnosticaram como uma paciente depressiva. Tomava antidepressivo, mas, segundo a paciente, ao invés de melhorar, sua tristeza havia agravado ao passar dos anos. Ela me relatou que tinha uma irmã gêmea, e que veio a falecer aos dois anos de idade.

Queria saber também qual era o seu verdadeiro propósito de vida, bem como o seu caminho espiritual, pois quando freqüentava um centro espírita passava mal. Todas as casas espíritas que passou lhe diziam que precisava trabalhar como médium de incorporação, e que sua depressão era porque não estava desenvolvendo sua mediunidade.

Não obstante, duvidava de sua mediunidade, não queira exercê-la, pois tinha medo de errar e vir a prejudicar as pessoas como médium. Queria entender também por que suas mãos ficavam sempre geladas, a mão direita tremia constantemente, e sentia muito sono e fraqueza.
Por fim, era revoltada por não ter tido a chance de estudar, não prosperava, só tinha perdas (chegou a perder um apartamento e um carro), e vivia da pensão do marido falecido.

Após passar pela 1ª sessão de regressão, na 2ª sessão, ela me relatou: "Tem um ser espiritual... Sinto-o bem próximo de mim (paciente geme e se contorce - estava incorporando esse ser espiritual)".

- Você pode se identificar? - Pergunto ao ser espiritual.
"Eu preciso trabalhar, mas ela (paciente) não me deixa (fala alto e irado). Por isso que eu judio dela... Preciso ajudar as pessoas, mas ela não deixa que eu incorpore nela. Ela tem que dar passagem (incorporar) não só para mim, mas para os outros seres. Falaram numa casa espírita para ela só trabalhar com os seres iluminados, mas não vou aceitar isso (fala com muita raiva). Ela sabe que eu tenho que trabalhar, ela sente, mas não aceita trabalhar com os seres das trevas. Aí a gente fica perto dela, suga sua energia. Foi feito um acordo quando ela estava com a gente aqui nas trevas, que quando reencarnasse iria nos ajudar, trabalhando com a gente... Ela era um dos nossos, reencarnou para nos ajudar. O acordo era para ela trabalhar primeiro com os seres das trevas, depois com os seres de luz. (pausa).

O tremor que ela sente na mão direita vem da preta velha, sua guia espiritual. Eu já tive uma encarnação onde vim todo torto, aleijado (o corpo da paciente fica todo contorcido).
Aqui é escuro demais, ainda estou lá no fundo, nas trevas... A tristeza que ela sente desde criança é minha, mas ela não acredita. O choro dela também é meu, pois encosto nela (o ser das trevas fala com raiva, chorando muito). Se ela nos ajudar, vamos também ajudá-la".
Na 3ª e última sessão, a paciente me disse: "Vejo uma mulher loira, de branco. Ela é alta, magra, usa um roupão longo que vai até os tornozelos (é a vestimenta comum dos seres de luz).
Ela é alegre, sorridente, transmite muita paz , serenidade... Sinto uma corrente de arrepio dos pés à cabeça. Essa moça está dançando, roda alegremente, como se tivesse brincando".

- Pergunte em pensamento quem é ela? (a comunicação com os seres espirituais, seja da luz ou das trevas, dá-se em pensamento, telepaticamente, de forma intuitiva).
"Diz que é a minha irmã gêmea, que desencarnou quando tinha dois anos... Ela pede para mandar uma recado à minha mãe, que ela a ama muito, que está sempre me ajudando, pois é a minha orientadora, mentora espiritual. Pede também para eu não duvidar de minha missão". (pausa).

- Qual é a sua missão?
"É trabalhar ajudando o meu próximo, servindo de instrumento dos seres espirituais como médium de incorporação. Diz também que como médium, a preta velha é a minha principal guia. Fala que preciso ajudar àqueles seres das trevas, através da incorporação. Revela que como estou atrasada em meus trabalhos mediúnicos, vou ter que trabalhar com os dois lados (seres das trevas e da luz).
Revela ainda que vou precisar trabalhar num centro de candomblé, que os seres de luz irão me ajudar a escolher o lugar certo. (pausa).
Eu lhe pergunto por que ela me deixou?
Diz que era o tempo dela, que assumimos um compromisso no astral de ficarmos juntas até os dois anos na vida atual, e após esse tempo, ela iria desencarnar para depois ser a minha mentora espiritual. Afirma que nunca me deixou, que está sempre me amparando... Sinto um arrepio no corpo todo, uma corrente de energia".

- Pergunte-lhe o que seria essa corrente de energia?
"Diz que tenho muita energia, e que por isso, preciso doá-la ajudando as pessoas, através da mediunidade de incorporação".

- Pergunte-lhe por que você duvida de sua mediunidade?
"Diz que tenho medo de errar e voltar às trevas".

- O que pode acontecer caso você não trabalhe como médium?
"Fala que vou desencarnar e voltar às trevas".

- Pergunte à sua mentora espiritual por que você não prospera e não pode concluir os seus estudos?
"Ela fala para não ficar chateada porque se eu estudasse não iria cumprir minha missão como médium, pois só iria me preocupar em ganhar dinheiro. Ela me lembra que nada ocorre por acaso. (pausa).
Eu lhe pergunto por que tenho resistência em orar?
Ela diz que são os seres das trevas me atrapalhando. Eles ficam com raiva porque quero rezar e eles não querem. (pausa). Ela confirma que essa tristeza profunda e o choro que vem do nada - desde criança - vem daquele ser das trevas, mas afirma que tudo isso vai acabar quando eu começar a trabalhar como médium de incorporação. Minha mentora espiritual fala: - Minha irmã, você foi muito alertada para trabalhar como médium de incorporação!".

- Pergunte-lhe de onde vem sua resistência em assumir sua mediunidade?
"Diz que vem do medo de errar, de assumir responsabilidade como médium. Mas ela pede para não ter medo porque os mentores de luz estão sempre me ajudando.
Afirma que os seres das trevas que vou incorporar no centro de candomblé são homens e mulheres, mas que os mentores de luz vão estar acompanhando, observando tudo. Diz que a minha preta velha também vai me ajudar nesse trabalho".

- Para finalizar o tratamento, pergunte à sua mentora espiritual se você terá que voltar mais para frente a essa terapia?
"Fala que não vou ter tempo para vir novamente a essa terapia, pois vou trabalhar muito como médium. Diz que já descansei muito.
Pede para não duvidar, que vou ter ainda muitas lágrimas de felicidade. Essa dúvida vem também da influência que tenho dos inimigos das trevas que não querem que eu ajude àqueles seres das trevas, bem como os encarnados. Há uma guerra entre eles para não perder seus soldados. Ela pede também para eu ser forte, que vou ainda fazer uma trabalho muito bonito. Ela me abraça, pede para ficar em paz, agradece o senhor, fala que o senhor é muito iluminado... Ela se despede, está indo embora".

O tecido da vida

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 O tecido da vida
 
O tecido de que é feita a vida é composto por muitas tramas, algumas simples, outras com grande multiplicidade de cores e formas, que formam um grande mosaico.

E a principal matéria-prima deste tecido é, sem dúvida alguma, a emoção. Cada pequeno ato que praticamos, estejamos nós conscientes ou não, é direcionado por uma emoção.

Até mesmo a simples decisão de escolher o sabor de um sorvete é ditada pela sensação de prazer que ele nos proporcionará. Se estamos tristes, certamente buscaremos naquele alimento, uma forma de compensação, ainda que momentânea, para esta emoção.

Por essa razão, é essencial que permaneçamos conscientes das emoções que estão predominando em nós. Elas farão toda a diferença e determinarão se nossa vida será feliz ou miserável.

E, se as emoções são as principais componentes do tecido da vida, sem qualquer sombra de dúvida, o amor, a fonte mais poderosa de emoções positivas que temos à nossa disposição, coloca-se como o fio mais valioso deste tecido.

Quando vivemos em perfeita sintonia com nossa essência, com a fonte de amor que habita dentro de nós e que nos originou, nossa vida se transforma num êxtase permanente, pois o coração está sempre no comando.
Senti-lo pulsando a cada instante e conectando-se profundamente com o coração de cada ser que encontramos em nosso caminho, é a única maneira de conhecermos o real e verdadeiro sentido da palavra felicidade.

Busquemos, então, a cada dia, honrar o divino em nós, amando-nos e vivendo em perfeita sintonia com ele, pois só assim nossas ações serão totalmente fiéis aos anseios de nossa alma.

... O coração é o centro negligenciado. Quando você começa a prestar atenção nele, ele começa a funcionar. Quando ele começa a funcionar, a energia que estava automaticamente indo para a mente, começa a se mover através do coração. E o coração está mais próximo do centro de energia. O centro de energia está no umbigo – assim, bombear energia para a cabeça é, na verdade, um trabalho árduo.

É para isso que existem todos os sistemas educacionais: para ensiná-lo a bombear energia do centro, diretamente para a cabeça. Para ensiná-lo a se desviar do coração. Dessa maneira, nenhuma escola, nenhum colégio, nenhuma universidade ensina a sentir. Eles aniquilam o sentir, porque sabem que, se você sentir, não poderá pensar.
Se você sentir muito, então, a energia ficará parada no centro do coração, não irá para a cabeça. Ela só pode ir para a cabeça quando o centro do coração é completamente negado. Ela tem de ir para algum lugar, tem de encontrar uma saída. Se o coração não for a saída, ela irá para a cabeça.

De fato, todo o sistema educacional desenvolvido em todo o mundo é para ensiná-lo a evitar o coração, a como tornar-se mais e mais mental e a como bombear a energia diretamente para a cabeça.

Assim, o amor é negado, o sentimento é negado, condenado – é quase um pecado sentir. A pessoa tem de ser lógica e racional, não emocional. Se você for emocional, as pessoas dirão que você é infantil – de certa forma, eles estão literalmente certos, porque só uma criança sente.

Uma pessoa adulta instruída, culta, condicionada, pára de sentir. Ela se torna quase seca, madeira morta – não flui mais nenhum sumo dali. Daí haver tanto sofrimento: o sofrimento é por causa da cabeça.

A cabeça não pode celebrar, não há nenhuma celebração possível através da cabeça – ela pode pensar sobre e sobre e sobre, mas ela não pode celebrar. A celebração acontece através do coração.

Assim, a primeira coisa é começar a sentir cada vez mais e mais. Torne-se uma morada de amor, um santuário de amor; este é o primeiro passo. Uma vez que você dê este primeiro passo, o segundo será muito, muito fácil.

Primeiro, você ama – a metade da jornada está completa. E assim como é fácil mover-se da cabeça para o coração, é ainda mais fácil mover-se do coração para o umbigo. No umbigo você é simplesmente um ser, puro ser.

OSHO, For Madmen Only.

Aprendendo a ser paciente ::

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Aprendendo a ser paciente

A paciência é uma das maiores virtudes da vida, e também uma das mais difíceis de se cultivar. Quando desejamos algo, é natural que nossa ansiedade nos faça querê-lo imediatamente.

E, quando se trata da busca espiritual, não é diferente. Muitas pessoas se impacientam porque, ao praticar a meditação algumas vezes, nada de extraordinário lhes acontece.

O problema é que a ansiedade e a busca por resultados é o principal entrave para que possamos entrar em contato com nossa natureza divina. Ela habita um espaço de paz e serenidade absolutas, onde a impaciência jamais encontra lugar.

Desenvolver um estado de relaxamento, onde a paciência e a perseverança na busca do equilíbrio interior, sejam uma atitude permanente, não é nada fácil, quando ainda vivemos totalmente dominados pelo ego.

É ele quem nos leva a traçar metas e ambicionar por resultados, mesmo na busca por elevação espiritual. Enquanto não nos desvencilhamos deste condicionamento, é impossível encontrar o que buscamos.

O passo essencial é entregar-se ao processo em total confiança, mantendo-se totalmente receptivo ao que a existência quiser nos oferecer, mas sem criar expectativas antecipadas.

Observar a mente, e as suas tentativas de nos fazer desistir, é algo muito útil, pois a partir deste exercício começamos finalmente a nos libertar da escravidão em que ela nos coloca.

"O caminho do Tao não é o da iluminação repentina... Tao é crescimento gradual.
O Tao não acredita em mudanças repentinas e abruptas. O Tao acredita em respeitar o ritmo da existência, permitindo que as coisas aconteçam por elas mesmas, sem forçar o seu caminho, sem forçar o curso do rio.

O Tao diz: não há necessidade de estar com pressa porque a eternidade está disponível para você. Plante as sementes no tempo certo e espere; a primavera virá; ela sempre vem. E quando a primavera vier, as flores aparecerão. Mas espere, não tenha pressa.

... Existe grande paciência na natureza e o Tao acredita no caminho da natureza. 'Tao' significa exatamente natureza. Assim o Tao nunca está com pressa; isto tem que ser entendido.

O ensinamento fundamental do Tao é: aprenda a ser paciente. Se você puder esperar infinitamente, a iluminação pode mesmo acontecer instantaneamente. Mas você não deve pedir para que ela aconteça instantaneamente: se você pedir, pode ser que nunca aconteça.

O seu próprio pedido se tornará um obstáculo. O seu próprio desejo criará uma distância entre você e a natureza. Permaneça em sintonia com a natureza, deixe que a natureza tenha o seu próprio curso... Mesmo que ela demore séculos para chegar, ainda assim ela não está atrasada; ela nunca está atrasada. Ela sempre chega no momento certo.

O Tao acredita que tudo acontece quando é necessário; quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece. Quando o discípulo está finalmente pronto, Deus aparece. O seu valor, o seu vazio, a sua receptividade, a sua passividade tornam isto possível; não a sua pressa, não a sua correria, não a sua atitude agressiva. Lembre-se: a verdade não pode ser conquistada. É preciso entregar-se à verdade, é preciso ser conquistado pela verdade.

Mas toda a nossa educação, em todos os países, ao longo dos séculos tem sido de agressividade e de ambição. Nós tornamos as pessoas muito rápidas. Nós as tornamos muito medrosas. Nós lhe dizemos: 'tempo é dinheiro e é muito precioso. Se o tempo for perdido uma vez, ele ficará perdido para sempre, por isso corra; tenha pressa'. Isto tem levado as pessoas à loucura. Elas correm de um ponto a outro; elas nunca curtem lugar algum.... E elas pensam que estão indo a algum outro lugar...

O Tao é o caminho da natureza, do jeito que as árvores crescem e os rios correm e os pássaros e as crianças... exatamente do mesmo jeito crescemos para Deus.
Não tenha pressa e não se desespere. Se você fracassar hoje, não perca as esperanças. Se você fracassar hoje, isto é natural. Se você continuar fracassando por alguns dias, isto é natural.

As pessoas têm tanto medo de fracassar que, devido a este medo, nunca arriscam fazer tentativas. Existem muitas pessoas que nunca se apaixonaram porque elas têm medo. Quem sabe? Elas podem ser rejeitadas, por isso elas decidiram permanecer sem amar, assim ninguém jamais as rejeitará.

As pessoas têm tanto medo de fracassar que elas nunca tentam qualquer coisa nova. Quem sabe? Se elas fracassarem, o que poderá ocorrer? E naturalmente, para se movimentar no mundo interior, você terá que fracassar muitas vezes, porque você nunca se movimentou ali antes.

Toda a sua habilidade e eficiência têm sido nos movimentos externos, na extroversão. Você não sabe como se movimentar internamente. As pessoas escutam as palavras 'movimente-se internamente, vá para dentro', mas isso não faz muito sentido para elas.






Tudo o que elas sabem é como ir para fora, é como ir para o outro. Elas não conhecem qualquer caminho de volta para si mesmas. Por causa dos seus velhos hábitos, é muito provável que você fracasse muitas vezes. Não perca as esperanças.

A maturidade chega vagarosamente. É certo que ela chega, mas isto leva um tempo. E lembre-se: para cada pessoa ela chegará num ritmo diferente, por isso não compare, não comece a pensar: 'alguém está se tornando tão silencioso, e tão feliz, e eu ainda não alcancei isto. O que está acontecendo comigo'?

Não se compare com quem quer que seja, porque cada um viveu de uma maneira diferente em suas vidas passadas. Mesmo nesta vida, as pessoas têm vivido diferentemente.

Assim, tudo depende de suas habilidades, de sua mente, de seu condicionamento, de sua educação, da religião na qual você foi criado, dos livros que tem lido, das pessoas com as quais tem vivido, da vibração que criou dentro de si mesmo.

Tudo dependerá de mil e uma coisas, mas é certo que ela chegará. Tudo que se precisa é paciência, trabalho silencioso, trabalho paciente e o centramento acontece e a maturidade chega.

Na verdade, a pessoa madura e a pessoa centrada são apenas dois aspectos de um mesmo fenômeno... Com a maturidade, o centramento surge. Maturidade e centramento são dois nomes para uma mesma coisa. Mas a primeira coisa a ser lembrada é que ela chega gradualmente. Não compare e não tenha pressa."

OSHO - The Secret of Secrets.

Curar a ferida em primeiro lugar

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Curar a ferida em primeiro lugar



Quando somos atingidos por uma flecha, não devemos perder tempo buscando saber quem e por que nos feriu. Mas, sim, arrancar a flecha fora e cuidar, o quanto antes, da ferida. Este é o modo budista de lidar com os problemas: focamos a cura ao invés de cultivar a indignação que gera ainda mais dor.

Em vez de responder aos inúmeros porquês, focamo-nos em lidar com a situação de modo a assumir o autocontrole diante de nossos problemas. Afinal, quando não podemos mudar uma situação externa, ainda assim, podemos transformar o nosso modo de encará-la.

Enquanto estivermos contaminados pelo cansaço, pela raiva ou pela indignação, nossas atitudes serão tendencialmente unilaterais ou vingativas. O que o budismo nos alerta é que a primeira coisa a fazer quando recebemos qualquer tipo de agressão é nos interiorizarmos para recuperar o espaço interior.

Mais do que uma percepção mental dos fatos, devemos buscar o equilíbrio interior para que nosso pensamento volte a ser claro e amplo.

Na medida em que nos concentramos em curar a ferida, ao invés de indagar o porquê ela ocorreu, cultivamos o hábito mental de buscar soluções práticas que nos ajudam a nos desvencilhar dos problemas. Deste modo, não ficamos presos ao discurso "ele não podia ter feito isso comigo" que nos leva apenas à paralisia, mas passamos a nos mover em direção à solução interior, o que nos leva a um senso profundo de liberdade de podermos ser quem somos.

O mundo à nossa volta está repleto de informações conflitantes e confusas. Tornamo-nos reféns dos outros enquanto nos deixamos enganchar por seus conflitos.

Para nos desvencilharmos das confusões alheias, precisamos antes de tudo recuperar nosso espaço interior. Esta é a diferença entre gritar para o outro: "Me solta" e dizer internamente: "Eu me solto".
Desta maneira, ganhamos autonomia interior, isto é, recuperamos o prazer e a habilidade de exercitar a nossa própria vontade de nos acalmar. Lama Gangchen nos encoraja a praticar a Autocura quando nos fala: "Basta reconhecermos nossa própria capacidade e ousarmos aceitá-la".

Em seu livro Autocura Tântrica III (Ed. Gaia) ele esclarece: "Para começarmos a vivenciar os níveis mais profundos da Autocura, nossa mente precisa começar a aceitar e usar o espaço interior da forma correta. Temos que compreender que há mais espaço em nossa mente muito sutil do que no mundo externo. Além disso, também precisamos entender que as situações perigosas que hoje vivenciamos são o resultado de causas e condições negativas criadas por nós no passado. É muito importante praticarmos a Autocura, pois se continuarmos a gravar negatividades em nosso espaço interior, embora nosso coração não possa explodir, uma terrível explosão global de negatividade pode acontecer, causando nosso Armagedão individual e planetário".
Para parar de gravar negatividades em nosso espaço interior, precisamos cultivar o hábito de nos interiorizarmos, de ampliarmos nosso espaço interior. Mas a capacidade de nos autossustentar surge à medida em que nos sentimos disponíveis para nós mesmos.

Se não nos sentimos capazes de lidar com certas emoções, devemos buscar pessoas que nos incentivem a lidar positivamente com elas. A solidariedade alheia nos ajuda a sentir e aceitar o que nem mesmo somos capazes de entender.

O importante é buscar coerência entre nosso mundo interior e a realidade exterior. Viver bem pressupõe considerar a realidade acima de qualquer coisa.

Ao recuperar o espaço interior, ganhamos uma nova disponibilidade para agir.

19/10/2011

Qual o Teor da Sua Energia?

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A mediunidade faz parte da natureza.

Todos somos médiuns, uns mais, outros menos desenvolvidos, e trocamos energias uns com os outros.

Com umas você sente prazer enorme em conversar, com outras você antipatiza, quer vê-las pelas costas.

Isso não é apenas um capricho seu, mas um reflexo das energias que elas irradiam e você capta.

Existem pessoas nutritivas e pessoas sugadoras.

As nutritivas são:

Independentes.
Cuidam de si, assumem suas próprias necessidades, evitam descrregar seus problemas nos outros, procuram ganhar seu próprio dinheiro.

Generosas.
Dão os bens que não vão mais utilizar, cooperam com as obras de cunho social. Estão sempre se renovando.

Confiantes em si.
Estudam as experiências alheias, mas na hora de decidir não perguntam aos outros o que fazer.

Otimistas.
Em todos os acontecimentos olham os lados positivos. Nunca fazem drama de nada.

Respeitosas.
Nunca invadem o espaço de ninguém. Aceitam os outros como são sem desejar mudá-los.

As sugadoras são:

Vítimas. Sofredoras.
Quando lhes acontece uma coisa boa, ficam logo esperando uma coisa ruim.
Culpam o governo, a sociedade, as pessoas por suas dificuldades.

Dependentes.
Nunca fazem nada sozinhas.
Acham tudo difícil.
Sentem-se incapazes.

Indecisas.
Não têm opinião própria.
Só fazem o que os outros dizem.

Depressivas.
Jamais falam do que já têm, só do que ainda lhes falta.
Estão sempre querendo atenção especial das pessoas e revoltam-se quando não são atendidas.

Inseguras.
Apegam-se a tudo e a todos.
Têm medo das mudanças, do novo e do futuro.
São ansiosas e dramáticas.
Vêem o lado pessimista dos fatos.

Quando você capta energia de pessoa nutritiva, sente-se muito bem. Mas se de repente sente o corpo pesado, boceja, fica deprimida, triste, com dor de cabeça ou enjôo, provavelmente absorveu as energias de uma pessoa sugadora.

Nesse caso, vá para um lugar sossegado e faça o seguinte exercício:

Feche os olhos e pergunte mentalmente de onde vêm essas energias. O rosto da pessoa aparecerá em sua memória. Então, imagine que você está dentro de sua pele e diga com firmeza:
- Eu não quero nada de você... O que é seu é seu. O que é meu é meu. Fico com minha energia. O resto vai sair agora, não quero isso para mim.
Sentirá imediatamente grande alívio. Contudo, se você se sente rejeitada pelas pessoas, está na hora de observar quais as energias que você irradia. Elas são responsáveis por tudo que você atrai em sua vida.
Pense nisso.

Zíbia Gasparetto

18/10/2011

Além das palavras....

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Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm as rosas!
Dê quem você ama asas para voar raízes para voltar e motivos para ficar...
Não viva no passado não sonhe com o futuro concentre a mente no momento presente...
E se choras por ter perdido o sol,as lágrimas não te deixarão ver as estrelas...
Os olhos são as janelas do sentimento.
O sorriso mente, mas os olhos entregam...
O que as palavras não dizem.
Os olhos falam.
O bem que você faz será esquecido...
Faça o bem mesmo assim.
A melhor saída é seguir em frente.
Ame alguém,quando esse alguém menos merecer,
pois é nesse momento que esse alguém...
mais precisa do seu amor...
Não ame pela beleza, um dia acaba...
Não ame por adimiração,um dia você se decepciona...
Apenas ame pois o tempo não apaga.
A vida é como um espelho abtemos os melhores resultados,quando sorrimos.
Não viva esperando a tempestade passar,aprenda a dançar na chuva.
A vida é um livro e viver é como escrever sem borracha.
Você não pode voltar e fazer um novo começo...
Você pode sim mudar,e fazer um novo FIM.

12/10/2011

O que Deus fez por mim?

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Me deu o dom, da vida;
Me deu o ar, para respirar;
Me deu o sol, para que eu me inspire na força;
Me deu a lua, para que eu me inspire na sabedoria;
Me deu a natureza, para que eu o veja;
Me deu os olhos do coração, para enxergar o que é invisível aos olhos físicos;
Me deu Pais, materiais e espirituais;
Me deu irmãos, humanos e não;
Me deu esposa, filhos e amigos, para que eu tenha com quem compartilhar;
Me deu adversidades, para que eu crescesse;
Me deu paz, para que eu descansasse;
Me deu reflexões, para que eu tivesse mais dúvidas;
Me deu oportunidades, muitas vezes, de começar de novo;
Me poupou, até o momento, da morte;

Como posso retribuir tudo isso, senão com a minha humilde devoção?

Somos livres

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Basta darmos uma escapa de nossa rotina para um sentimento de liberdade aflorar em nós. Acredito que isso já tenha acontecido com você também em uma viagem, um passeio ou um encontro.

Pelo menos foi este sentimento que brotou em mim quando, dirigindo a minha moto pela estrada, estava indo a um retiro no interior de São Paulo. Engraçado esta sensação surgir neste momento, pois absolutamente nada havia acontecido ou mudado em minha vida, apenas a minha localização no globo terrestre.

Mas se este sentimento apareceu é porque me sinto preso, pois caso contrário não o teria. A grande pergunta é porque me sinto preso? O que me prende?

Refletindo sobre esta pergunta percebi como me sinto como um pássaro engaiolado quando estou em meu dia-a-dia, mas que absolutamente nada nem ninguém me prende. Acredito que eu mesmo me aprisiono, pois percebo que nos deixamos envolver por uma sensação de sufocamento pelos nossos afazeres, obrigações, responsabilidades, compromissos, relacionamentos ou agenda. Mas que na minha visão trata-se de uma sensação ilusória, exceto quando perdemos o controle das situações ou deixamos pessoas e acontecimentos assumirem o comando de nossas vidas, neste caso concordo que realmente estaremos presos ou seremos reféns.

Percebi então que minha agenda continuava cheia, meus afazeres pendentes, minhas responsabilidades devendo ser cumpridas e a sensação de liberdade me visitou do mesmo jeito por alguns instantes. Que ótima experiência e como valeu saber que nada me prende a não ser eu mesmo.

Mas que isso também nos sirva de reflexão: que possamos em nosso dia-a-dia nos sentirmos cada vez mais livres, vivos, presentes e atuantes. Sendo responsáveis pelos nossos atos, por nossa maneira de viver e pela nossa liberdade. Assim não daremos espaço para pessoas ou situações nos aprisionarem.

A peregrinação............

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Há uma frase que gosto muito que diz: “Numa peregrinação, a cada passo, você está se aproximando de Deus e a cada passo que dê em direção a ele, são dados dez passos dele em direção a você. Quando a estrada termina e o objetivo é cumprido, o peregrino sente que viajou apenas de si par a si mesmo, e o Deus que encontramos estava o tempo todo dentro de nós, ao redor de nós, conosco e ao nosso lado.” - Satya Sai Baba

Durante as nossas reflexões de final de ano, comuns para quem pensa em ser uma pessoa melhor nos próximos anos, entendi que meu ano de 2011 foi um ano inteiro de peregrinação, que ainda não acabou e continuo peregrinando.

Começou com a viagem à Índia que fiz em Janeiro, foram 46 dias, que acabaram fazendo com que eu repensasse minha vida, meus valores, minhas motivações e os meus parâmetros sobre felicidade.

Com o retorno vieram os questionamentos, insights, novos olhares e novos rumos a serem tomados como frutos de uma busca interior motivada pela peregrinação, não externa de caminhar horas, dias ou meses na busca de uma terra prometida ou algo sagrado, mas sim uma peregrinação que considero fundamental que é a peregrinação interior. Todas as religiões e filosofias apontam para esta peregrinação de irmos de nós para nós mesmos, irmos para dentro, para o centro, para a nossa essência, para a verdade, irmos da mente para o coração.

Este último exemplo é um dos simbolismos da imagem do Sagrado Coração de Jesus, que tem a idéia de nos apontar o caminho de nossa peregrinação, de irmos para o coração.

Dentro de nossa realidade, do mundo atual e de nossos compromissos com ele, muitas vezes não temos como fazer uma peregrinação no verdadeiro sentido da palavra que é andar por terras distantes, viajar, irmos em romaria. Mas todos nós podemos e devemos, ao longo de nossas vidas, irmos para uma peregrinação interior, de sairmos de nossa condição mundana e buscarmos a condição espiritual. Peregrinarmos do eu exterior para o Eu interior, das atitudes mundanas para as atitudes espirituais, de um cotidiano banalizado para um cotidiano espiritualizado.

Agora o que vale a pena lembrar, o que muitas vezes fica esquecido, é que os frutos desta peregrinação serão manifestados no cotidiano, nos relacionamentos, nas atitudes, na maneira de agir diante do mundo. Peregrinar é algo que nos faz ir à frente, pensar, sentir, chorar, questionar, repensar e ao chegar, voltar. Só que este regresso nos torna melhores, pois estaremos com os frutos desta peregrinação.

Há uma frase que me veio durante uma meditação na praia no final de tarde: "O eu exterior precisa do Eu interior assim como a sombra precisa da luz”. Não há sombra sem a luz, assim como não há eu, sem o Eu.

Desejo que neste novo ano cada um de nós possa, no nosso tempo e no ritmo de nossos passos, iniciarmos, continuarmos, persistirmos ou voltarmos de nossa peregrinação. Que todos nós tenhamos uma excelente viagem e lembremos sempre que, independente de chegarmos lá sempre teremos um companheiro de viagem ao nosso lado, dentro de nós, olhando por nós.

Lembremos do mantra Om Asatoma:
Asato mã sadgamaya, Tamaso mã jyotirgamaya, Mrityor mã amrtam gamaya

Tradução:
Leve-me (dando-me o Conhecimento) da não verdade para a Verdade; da escuridão (da ignorância) para a Luz (do Conhecimento); da mortalidade (sentido de limitação) para a Imortalidade (liberação da ignorância sobre mim mesmo).

Você usa muleta?

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Durante a minha leitura do livro "Como um místico amarra os seus sapatos" uma, das várias histórias, me chamou a atenção:

"Foi a muito, muito tempo. Num casebre muito pobre junto aos portões de entrada da cidade vivia um eremita. Ele era venerado como um asceta santo, muitas pessoas procuravam seus conselhos. Até o rei já tinha ouvido falar dele. Ele quis conhecer esse homem de qualquer maneira. Um dia ele foi até o casebre e perguntou-lhe se não queria mudar-se para o palácio.

- Se o senhor quiser -respondeu o eremita - Posso ir a qualquer lugar.

O rei ficou surpreso, mas não deixou isso transparecer. Ele havia imaginado que o eremita aceitaria seu convite. Um verdadeiro eremita não deveria recusar a oferta? O rei começou a ter dúvidas. Mas como ele já havia feito o convite, levou o homem ao palácio onde mandou que lhe preparassem um belo quarto e uma boa refeição.

E o que fez o eremita? Ele usufruiu do belo quarto e da boa comida. No dia seguinte também, e no seguinte ao seguinte. Esse homem, que dizia ser um asceta, deixou-se tratar muito bem no luxuoso palácio. O rei estava profundamente decepcionado. Depois de uma semana ele falou diretamente ao estranho hóspede:

- Desculpe-me, mas simplesmente não consigo entender como você, um asceta, pode viver em um palácio. Qual a diferença entre você, um homem santo, e eu, um rei?

- Se o senhor quer ver a diferença, então venha comigo para fora da cidade.

Os dois se puseram a caminho. Caminharam por muito tempo sobre campos ensolarados, bosques úmidos e aldeias isoladas. E quanto mais caminhavam, mais impaciente o rei ficava. Quando anoiteceu ele pediu ao eremita insistentemente que finalmente respondesse à sua pergunta.

- Eu lhe direi apenas uma coisa - respondeu ele - Não voltarei mais. Seguirei adiante. O senhor virá comigo?

O rei sacudiu a cabeça.
- Não posso. Não posso abandonar meu reino e meu palácio. Além disso tenho uma família.
- Está vendo a diferença? Eu posso seguir adiante, não deixei nada para trás. Desfrutei das comodidades do palácio. Mas não me apeguei a elas. Por isso eu posso agora seguir adiante.

- Por favor, não faça isso - disse o rei - Volte comigo ao palácio.
- Para mim não faz diferença se volto ao palácio com o senhor ou sigo adiante. Mas se eu voltar, também voltarão suas dúvidas. Por isso, por amor ao senhor, eu seguirei adiante."

Esta história me fez refletir se estamos realmente prontos para largarmos tudo e mesmo assim ainda sermos felizes. No Yoga este conceito é conhecido como Santosha, contentamento e aceitação, ou seja, nossa felicidade e nossa paz independente da situação externa.

Não pensei sobre isso no sentido de sermos um eremita e abandonarmos o mundo, mas no sentido de aceitarmos as mudanças do ciclo da vida e nos conformarmos com as novas situações, que nem sempre vão ao encontro de nossas expectativas.

Mas vejo que muito mais do que nós deixarmos algo, seria o nosso entendimento de deixarmos ir embora algo ou alguém o que não nos pertence. Tenho como ponto de observação a seguinte frase quando estou nestes momentos de aceitar ou não o distanciamento de algo: "O universo é sábio. O que for meu por direito divino venha até o mim, o que não for, que ele leve embora".

Como disse acima, tenho momentos que estou pronto e outros não, por isso ainda faço uso desta frase. Mas vejo isso como algo positivo, pois se consigo ter este discernimento é sinal que estou no caminho certo para trabalhar com meu apego. Pois estou atento a ele e consigo enxergar a hora que ele está presente e a hora que não está. Sendo assim, fica mais fácil lidarmos com algo que conhecemos do que com um fantasma, neste caso o "fantasma do apego".

Outra pergunta que me fiz foi com relação ao desequilibrio que estas mudanças da vida causam em nossa felicidade. Refleti e percebi que usamos várias "muletas" para nos sentirmos felizes: o trabalho, o status social, o relacionamento, os filhos, o carro, o relógio, o celular de última geração dentre várias outras. Por isso, quando a vida nos retira algo que funciona como uma "muleta" nos ficamos infelizes. Qual a muleta que você está usando para manter a sua felicidade?

Excesso de confiança ou irresponsabilidade?

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Escrito por Glauco Tavares


















“A linha que divide o excesso de confiança da irresponsabilidade é muito ténue”


Confiar é algo fundamental em nossas vidas, tanto a confiança em nós mesmos quanto a confiança nas pessoas que nos cercam. A base dos relacionamentos é o fator confiança e me refiro a qualquer tipo de relacionamento: amizade, negócios, namoros, casamentos, etc.... Mas o excesso de confiança seja em nós mesmos ou no outro, será que é benéfico?
Dia destes estava com minha moto dirigindo pela Marginal Tietê em São Paulo e, como a pista estava mais ou menos livre, resolvi acelerar e andar em uma velocidade acima do que costumo dirigir. Como estava em uma velocidade superior a dos carros que circulavam na mesma pista, acabei ultrapassando alguns deles, quando me veio o seguinte pensamento: “E se eu bater a moto agora foi excesso de confiança minha ou irresponsabilidade?”

Este processo de acelerar a moto e pensar sobre isso deve ter durado alguns bons segundos e resolvi novamente voltar a minha aceleração normal e dirigir conforme costumo dirigir. Mas isso ficou em minha mente e comecei a expandir para as outras áreas de nossas vidas. Na maioria das situações que refleti realmente a linha que divide este excesso de confiança da irresponsabilidade é muito tênue. Certas vezes tomei decisões que, caso tivesse dado algo errado, teria sido pura irresponsabilidade minha.

Quantas vezes eu e você tivemos certas atitudes ou tomamos certas direções tendo como referência apenas o nosso excesso de confiança? Vejo que este processo de acreditar no excesso de confiança não passa pela razão e fica no âmbito emocional apenas, talvez por isso não medimos até que ponto este ato poderia ser, na verdade, uma irresponsabilidade.

Quando o resultado é positivo acredito que, várias vezes, o excesso de confiança encobre um ato irresponsável. Pensando assim, creio que o que qualifica então um ato deste tipo é o resultado. Quando o resultado é negativo, ouvimos ou nós mesmos nos questionamos, se o que fizemos não foi irresponsabilidade, se talvez tivéssemos pensado um pouco mais o resultado poderia ser diferente, e entram os vários se...se...se...

Enfim, tudo isso só me levou a iniciar um processo de refletir bem antes de tomar certas atitudes que exigem o fator confiança. Será que na maioria das vezes estou confiando demais em mim ou estou sendo irresponsável?

11/10/2011

Por que falta o amor?

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Todos nós queremos o amor, queremos ser aceitos e viver coisas boas, mas nem sempre é isso que a vida nos traz. As vezes nos envolvemos em trabalhos que fracassam, em relacionamentos que nos frustram, em amizades que não preenchem nossas expectativas. Tudo isso é rejeição e dor, mas com certeza tudo será maior se a expectativa em relação a questão for grande.

Aprendemos que para viver temos que ter esperança, precisamos desenvolver a fé, acreditar no sucesso de nossas empreitadas, mesmo que haja a mesma possibilidade de sucesso e de fracasso. Porque é assim que a vida funciona. Podemos perder ou ganhar, mas temos que fazer a nossa parte.

Recebi Déia num momento de muito sofrimento; na sessão de vidas passadas, apareceu uma história de escravidão, ela presa, sem ação, tendo que aceitar o que a vida lhe trazia sem questionar, o sentimento era de revolta, mágoa e dor. Quando terminamos ela me contou que o seu casamento de mais de vinte anos acabou com uma traição, e que ela enfrentava um enorme sentimento de impotência frente ao ocorrido, pois durante todo o tempo que ficou casada foi companheira, trabalhou junto, construiu um patrimônio...

Claro que isso explicava a energia que apareceu na vivência de vidas passadas, mas conversando com ela perguntei: Você ainda ama este homem? Quer tentar se aproximar dele de novo?

Fiz estas perguntas porque compreendi que se ela ficasse presa ao fracasso, sua vida não andaria, pois ela já estava dizendo para si mesma que era uma pessoa injustiçada, que o mundo não servia, que as pessoas eram covardes. Enfim, a raiva estava aprisionando aquela mulher. Porque podemos sofrer traições terríveis e nos revoltar, mas não podemos permanecer para sempre nessa vibração. Em algum momento, temos que levantar a cabeça, abrir o coração e tirar de dentro do peito a dor da injustiça e da rejeição. Queria saber se ela estava pronta para começar seu caminho de cura.

Olhando para a parede ela respondeu que não, que ainda não se perdoara, pois durante os últimos tempos do casamento ela foi omissa, tinha se afastado do marido, queria apenas trabalhar, os filhos adolescentes estavam dando problemas, a mãe tinha ficado doente e ela reconhecia que não foi mulher para ele... Nesse momento, vieram muitas lágrimas, muitos sentimentos de arrependimento.

Mas você ainda gosta dele? Perguntei querendo ajudá-la a refletir, porque conforme sua narrativa o que se mostrava era uma necessidade de segurança que o casamento trazia, e não um amor. Afinal, se ela o amasse, mesmo enfrentando problemas, o afastamento entre os dois não teria se tornado um abismo.

O que sempre explico para meus clientes é que quando aparece uma outra pessoa o espaço já existia. Déia se culpava por ter deixado o marido solto. E ai cabe a pergunta: Por que você fez isso? Por que você não deu prioridade ao amor? Será que você estava triste com ele por algum motivo? Por que se omitir na relação? Por que não falar o que sente?

Muitas vezes, não olhamos para nossas ações, vamos deixando a vida passar e deixamos de lado atitudes simples sem refletir sobre a conseqüência de nossos atos. Vamos nos deixando levar pelos problemas, sofrendo, lutando sem perceber que estamos nos abandonando.
Não podemos recusar o aprendizado da vida. Quando algo não dá certo, precisamos olhar para dentro de nós em busca de respostas, que podem ser diferentes do que o mundo nos fala. Aparentemente, Déia estava totalmente encaixada no papel da vítima, mas podemos perceber que ela havia também participado da criação do triste rompimento. Agora é dar tempo ao processo de cura para entender o que de fato está por trás do sentimento de rejeição e da impotência.

Em que ponto deixei de existir

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Em que ponto deixei de existir
Se neste momento de sua vida você deixou de gostar do que faz, se sente deslocado(a) junto a seus amigos, se sente rejeitado(a) por sua família ou em seu relacionamento, tenha certeza que em algum momento de sua vida você deixou de existir.
Toda pessoa tem características e qualidades próprias que a fazem amada e reconhecida por todos em função de seus méritos; se isto não fizer parte de seu dia-a-dia, tenha a certeza mais uma vez de que em algum momento você deixou de existir.
Admitir as falhas e características ruins em nós mesmos é uma das coisas mais difíceis da vida, pois temos sempre a enorme tendência a nos moldarmos às situações e às pessoas, sempre no intuito de sermos aceitos. Porém, nesse momento de adaptação involuntária, você deixará de ser você mesma.

Tudo que você precisa fazer é rever sua vida, observar as situações que lhe causaram tristeza, aqueles eventos infelizes que se repetem constantemente e esta é uma bela dica. Fatos repetitivos fazem com que possamos admitir que existe um problema básico por trás.
Sinal certo da existência de um bloqueio energético em sua vida é a repetição contínua de determinados fatos. Um bloqueio energético sempre desencadeia um padrão de comportamento ou um tipo de reação; de forma consciente você pode desejar da maneira mais profunda possível algo que é exatamente o oposto de seu bloqueio, porém o desejo consciente é o mais fraco dos dois, uma vez que seu inconsciente é sempre o mais forte e será onde o bloqueio se armazenará.
Vamos citar um exemplo na área de relacionamentos: se desejamos de maneira profunda compartilhar a vida com alguém e vivemos exatamente o oposto, ou seja, situações que não tem continuidade, que sempre terminam em nada, sem motivo definido, existe bloqueio por trás desta situação e este precisa ser pesquisado, identificado e eliminado, do contrário tudo que for vivenciado terá o mesmo fim.

O bloqueio deste exemplo acima pode ser relacionado a um processo de rejeição na infância, levando-nos ao medo de amar. Pode ainda ser um acontecimento marcante que nos tenha acontecido que nos priva do querer confiar no outro; pode ainda ser um acidente que, de uma hora para outra, pode ter modificado radicalmente sua vida.
No entanto, você agora está equipado para eliminar a fonte de sua infelicidade.
Os bloqueios são identificados na Mesa Radiônica e nela são eliminados. A Mesa Radiônica é o instrumento mais poderoso da Radiestesia, capaz de eliminar estes bloqueios e equilibrar suas energias.
Somente quando você eliminar os bloqueios de sua vida, desejar o amor de maneira saudável e madura e estiver disposta a amar na mesma medida em que for amada é que o amor virá.

Há alguns anos atendi uma moça que passou exatamente por uma situação que a fez deixar de existir, mas ela não conseguia identificá-la como a causa da repetição contínua de situações que passaram a ocorrer em sua vida.
Ela me procurou, pois dizia sentir-se muito só, que seus relacionamentos não iam para frente, de uma hora para outra terminavam sem motivo algum. Por conta própria havia chegado à conclusão de que o problema estava com ela e queria se tratar.
Expliquei-lhe então que faria um estudo de suas frequências energéticas, padrões e vícios de comportamento desenvolvidos ao longo do tempo; depois disso faria o pleno restabelecimento de todas as suas frequências energéticas, analisaria e identificaria de maneira completa qual fato estaria na origem de situações repetitivas, eliminando neste momento a energia bloqueada .

Ela concordou de imediato e disse que faria tudo para que sua vida fosse modificada.
Iniciei então o tratamento e após o pleno equilíbrio de suas frequências vitais, identifiquei um bloqueio energético ocorrido fazia oito anos e ela então parou e ficou me olhando muito intrigada e assustada ao mesmo tempo. Depois de se recuperar me contou o que havia acontecido: ela namorava um moço que sua família não aceitava por puro preconceito, e então decidiu investir na relação isolando-se da família e passou então a viver somente em função do seu namorado. Saiu de casa e foi morar com ele, enfrentou situações duras com séria restrição financeira, fato que nunca havia vivenciado, mas sempre acreditava que o amor superaria tudo.

Viveu esta situação por um ano e meio e considerava-se feliz, apesar de toda a sua família ter lhe virado as costas. Um dia seu namorado acordou como sempre cedo, foi tomar banho para ir trabalhar, mas sentiu-se mal e caiu no banheiro, ela foi tentar chamá-lo e ele não respondia, pediu ajuda aos vizinhos que, depois de tentar de tudo, disseram que ele estava morto.
O choque foi imenso, não podia acreditar no que estava acontecendo! Aos trancos e barrancos tentou continuar a levar a vida totalmente isolada de todos.
Refez-se, namorou outras pessoas... e assim a repetição estava consolidada e o bloqueio formado. Todas as pessoas com quem ela tentava se relacionar a deixavam sem nada dizer.
Eliminei então este enorme bloqueio formado que quase beirava um trauma agudo e expliquei-lhe que naquele exato momento em que a tragedia aconteceu, havia se instalado um enorme medo de amar de novo e ser abandonada; por essa simples razão ela passou a atrair para sua vida pessoas que não queriam compromisso. Quando me refiro a 'enorme bloqueio' estou abrangendo a situação ocorrida com o namorado e o abandono da família, e nesse exato momento ela haviadeixado de existir.
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